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A produção industrial na zona do euro registrou sua primeira queda em quatro meses em julho, impulsionada pela deterioração na fabricação de bens de capital e bens de consumo duráveis, de acordo com dados divulgados pela Eurostat nesta quarta-feira. A produção industrial diminuiu 1,1% em relação ao mês anterior em julho, em contraste com o aumento de 0,4% registrado em junho. Essa foi a primeira queda desde abril e também a maior desde março, quando a produção caiu 4,5%. Além disso, a queda superou as expectativas, que apontavam para um declínio de 0,7%. A queda mensal na produção reflete uma redução de 2,7% na fabricação de bens de capital e uma queda de 2,2% na produção de bens de consumo duráveis. Compensando parcialmente essas quedas, a produção de energia cresceu 1,6%, e a produção de bens intermediários aumentou 0,2%. A produção de bens de consumo não duráveis, por sua vez, registrou um aumento de 0,4%. Em termos anuais, o declínio na produção industrial acelerou para 2,2% em julho, em comparação com 1,1% em junho. Na União Europeia (UE27), a produção industrial também teve uma queda mensal de 1,1% em julho, levando a queda anual para 2,4%, conforme indicam os dados. Dentre os Estados-membros da UE, a Dinamarca, a Irlanda e a Lituânia tiveram as maiores quedas mensais, enquanto Suécia, Malta e Hungria registraram os maiores aumentos. Bradley Saunders, economista da Capital Economics, prevê que a produção industrial continuará a se manter fraca até o final do ano, devido ao enfraquecimento da demanda. Ele sugere que essa fraca produção industrial contribuirá para empurrar a zona do euro para uma recessão no final deste ano.