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Os índices de ações globais subiram na quinta-feira, apesar do sentimento misto entre os investidores. O principal tópico das negociações foi a previsão da Nvidia, que, embora ainda positiva, não atendeu às expectativas do mercado. Ao mesmo tempo, o Bitcoin continuou seu movimento ascendente, se aproximando da marca psicológica de US$ 100.000.
As ações da Nvidia (NVDA.O), uma empresa cujas tecnologias estão moldando o futuro da inteligência artificial, começaram a sessão com um aumento impressionante, alcançando o máximo histórico. No entanto, sua dinâmica desacelerou mais tarde, e no final do dia, o crescimento foi de apenas 0,53%. Os investidores estavam preocupados com as previsões da empresa: o crescimento de receita esperado foi o mais modesto dos últimos sete trimestres.
"Os resultados da Nvidia ainda são impressionantes, mas a falta de perspectivas mais otimistas para o quarto trimestre pode ter esfriado um pouco o entusiasmo do mercado", comentou Garrett Melson, estrategista de portfólio da Natixis Investment Managers.
Nas bolsas americanas, a sessão terminou com uma nota positiva. Os principais índices subiram, liderados por ganhos nos setores de utilidades, finanças, bens de consumo discricionários e industriais. No entanto, os serviços de comunicação permaneceram no vermelho, com perdas significativas na Alphabet (GOOGL.O), que caiu 6%.
A Alphabet enfrenta um novo desafio, pois as autoridades dos EUA exigem que o Google abandone seu navegador Chrome para eliminar seu domínio na pesquisa na internet. A ação judicial deixou os investidores nervosos e as ações do gigante da tecnologia despencaram.
Apesar do fechamento otimista, os investidores continuam monitorando de perto as previsões corporativas e a situação macroeconômica. As expectativas em torno do Bitcoin e o desempenho futuro das maiores empresas de tecnologia continuam sendo os principais temas para o mercado.
Os índices de ações dos EUA terminaram a sessão com diferentes níveis de crescimento. O Dow Jones Industrial Average subiu 1,06%, alcançando 43.870,35 pontos, registrando um ganho sólido. O S&P 500, de base ampla, subiu 0,53%, fechando em 5.948,71 pontos. O Nasdaq Composite, no entanto, ficou relativamente estável, subindo modestamente 0,03%, para 18.972,42 pontos.
O Índice Global MSCI, que acompanha ações ao redor do mundo, também mostrou um movimento positivo, subindo 0,38% para 851,05 pontos. No entanto, o dia foi instável, à medida que a incerteza tomou conta dos mercados. As ações europeias, representadas pelo STOXX (.STOXX), subiram 0,41%, lideradas por uma alta nos setores de tecnologia e energia.
"Há um pequeno vácuo de notícias no mercado neste momento, o que dificulta identificar uma direção clara", disse Garrett Melson, estrategista de portfólio da Natixis Investment Managers.
O mercado de criptomoedas continua a impressionar, com o Bitcoin, a maior moeda digital do mundo, avançando constantemente em direção à marca de US$ 100.000. Ele subiu 3,75% nas últimas 24 horas, atingindo US$ 98.005. O Bitcoin ganhou mais de 40% desde que Donald Trump venceu a eleição presidencial em 5 de novembro. Os investidores atribuem esse impulso às expectativas de que a nova administração será favorável às criptomoedas.
Não é só o Bitcoin que está mostrando força: o Ethereum também está apresentando resultados notáveis. A criptomoeda subiu 8,77%, fechando o dia a US$ 3.350,80.
Os mercados aguardam tensamente a nomeação do Secretário do Tesouro na nova administração de Trump. A escolha será fundamental para implementar políticas que incluem cortes de impostos, desregulamentação e iniciativas tarifárias.
Os mercados globais estão atualmente aguardando novas orientações, com as criptomoedas já apostando em uma política econômica mais flexível. Os investidores continuam a monitorar de perto as ações de Trump e seu impacto na arena financeira global.
O dólar dos EUA subiu após uma queda inesperada nos pedidos de auxílio-desemprego, indicando um mercado de trabalho resiliente. Outro fator foi as declarações de oficiais do Federal Reserve, que enfatizaram a possibilidade de novos aumentos nas taxas de juros.
No entanto, os movimentos das moedas foram mistos. O dólar caiu 0,62% em relação ao iene japonês, caindo para 154,45, mas se fortaleceu 0,29% em relação ao franco suíço, atingindo 0,887.
O índice do dólar, que acompanha a moeda contra uma cesta de moedas principais, subiu 0,37% para 107, o maior em 13 meses. O euro, por outro lado, enfraqueceu, perdendo 0,41%, para US$ 1,0479.
Os preços do petróleo saltaram abruptamente, ganhando cerca de 2%, após relatórios de um intercâmbio de mísseis entre Rússia e Ucrânia, aumentando as preocupações sobre a estabilidade do fornecimento de petróleo para o mercado global.
Os futuros do Brent subiram 1,95%, para US$ 74,23 por barril, enquanto os futuros do WTI subiram 2%, para US$ 70,10. Os investidores estão preocupados que as tensões geopolíticas possam continuar a impulsionar os preços para cima.
O mercado de ouro está mostrando uma dinâmica positiva, fortalecendo sua posição como um ativo seguro. O ouro à vista subiu 0,8%, atingindo US$ 2.671,28 por onça. Os futuros do ouro nos EUA também subiram 0,9%, para US$ 2.674,90.
O crescimento do ouro é acompanhado pelo crescente interesse dos investidores que buscam estabilidade diante da incerteza econômica global e dos riscos geopolíticos.
A combinação de fatores econômicos, como um mercado de trabalho forte e os comentários do Fed, com riscos geopolíticos, cria um ambiente volátil, mas rico em oportunidades para os investidores. Os mercados de câmbio e commodities continuam a reagir ao cenário de notícias em constante mudança, tornando a escolha de estratégia fundamental para o sucesso.
As ações dos EUA continuam a fortalecer suas posições, superando significativamente os pares globais. Os investidores associam isso às esperanças de implementação do programa econômico do presidente eleito, Donald Trump. Mas a chave para o sucesso será a capacidade da administração de evitar a escalada das tensões comerciais e manter o déficit orçamentário sob controle.
O S&P 500 (.SPX) subiu impressionantes 24% em 2024, superando os principais índices da Europa, Ásia e mercados emergentes. O prêmio do índice dos EUA sobre o índice MSCI de mais de 40 países chegou a 22 vezes os retornos esperados, de acordo com o LSEG Datastream. Essa é a maior diferença nos últimos 20 anos.
Apesar de mais de uma década de domínio das ações dos EUA, o diferencial aumentou neste ano, graças ao robusto crescimento econômico dos EUA e aos fortes lucros corporativos. O setor de tecnologia continua sendo uma força motriz, com o entusiasmo em torno da inteligência artificial impulsionando o crescimento de empresas como a Nvidia (NVDA.O).
A Nvidia, líder reconhecida em chips de IA, continua a ser um termômetro para as empresas de tecnologia. O sucesso da Nvidia e de outros players do setor mostra que os investidores estão apostando no futuro da tecnologia, que será definido pela inteligência artificial.
"O mercado de ações dos EUA está jogando suas forças: inovação, lucros corporativos e resiliência econômica", afirmam os analistas.
Embora a situação atual pareça otimista, o mercado não está imune a riscos. Os investidores estão monitorando de perto os passos da nova administração, especialmente nas políticas fiscais, tarifas e no orçamento. Qualquer desvio desse curso poderia ser um ponto de virada para o mercado.
Enquanto outras regiões, incluindo a Europa e os mercados emergentes, enfrentam desafios como crescimento econômico mais lento e instabilidade geopolítica, os EUA continuam a definir o padrão. No entanto, a concorrência não diminuiu, e os mercados globais podem começar a reduzir a diferença nos próximos anos.
As ações dos EUA permanecem no topo, mas a questão é: por quanto tempo essa posição vai durar? Os investidores devem estar preparados para mudanças e acompanhar os desenvolvimentos de perto.
A plataforma econômica de Donald Trump de cortes de impostos, desregulamentação e uso de tarifas como alavancagem provocou reações mistas. Entretanto, muitos especialistas acreditam que essas medidas podem fortalecer a liderança dos EUA no cenário global, apesar dos possíveis efeitos colaterais, como inflação e conflitos comerciais.
"Dada a natureza estimulante das políticas do novo governo, as ações dos EUA terão dificuldades para encontrar rivais à altura, pelo menos até o final de 2025", diz Venu Krishna, chefe de estratégia de ações dos EUA no Barclays.
Após as eleições de 5 de novembro, os fluxos de entrada nos fundos de ações dos EUA atingiram níveis recordes. Na semana seguinte à votação, os investidores direcionaram mais de US$ 80 bilhões para ativos norte-americanos. Em contraste, mercados europeus e emergentes registraram saídas significativas de capital, segundo o Deutsche Bank.
Essa mudança nas prioridades reflete a crescente confiança no mercado dos EUA, diante das expectativas de maiores retornos e estabilidade.
Um dos principais fatores para a resiliência do mercado norte-americano é o impressionante crescimento dos lucros corporativos. As previsões do LSEG Datastream indicam que os lucros do S&P 500 devem crescer 9,9% em 2024 e 14,2% em 2025.
Por outro lado, o índice europeu Stoxx 600 deve apresentar um crescimento mais modesto: 1,8% neste ano e 8,1% no próximo. Essa diferença ressalta a liderança dos EUA em lucratividade corporativa.
"Os EUA continuam sendo a região com o maior crescimento de lucros e uma lucratividade forte", afirma Michael Arone, estrategista-chefe de investimentos da State Street Global Advisors.
Especialistas apontam que, mesmo que outros mercados globais comecem a acompanhar o ritmo dos EUA, o mercado norte-americano continuará sendo um ponto central de atração para os investidores, devido ao crescimento sustentável e políticas pró-negócios.
No entanto, a questão permanece: a administração Trump será capaz de equilibrar reformas ambiciosas sem causar efeitos colaterais que possam comprometer esse sucesso? Os investidores seguirão atentos a cada passo, avaliando como a implementação do programa econômico impactará a dinâmica dos mercados globais.
As maiores empresas de tecnologia dos EUA desempenham um papel crucial na liderança econômica do país. As cinco gigantes - Nvidia, Apple, Microsoft, Amazon e Alphabet - têm um valor de mercado impressionante de US$ 14 trilhões. Em comparação, a capitalização total de mercado das 600 empresas do índice europeu STOXX 600 é de cerca de US$ 11 trilhões, segundo dados do LSEG.
O desempenho robusto dessas corporações é responsável por grande parte do crescimento do índice S&P 500, tornando-o um favorito dos investidores.
As previsões para os próximos anos indicam que os EUA continuarão superando outros países em termos de crescimento econômico. De acordo com estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), o PIB dos EUA aumentará 2,8% em 2024 e 2,2% em 2025. Em comparação, as economias da zona do euro esperam um crescimento modesto: 0,8% este ano e 1,2% no próximo.
Esse diferencial é sustentado por um forte apoio ao setor de tecnologia, que continua sendo o motor do desenvolvimento.
Uma das principais iniciativas de Donald Trump é o aumento das tarifas de importação. Mike Mullaney, diretor de pesquisa de mercados globais da Boston Partners, acredita que essas medidas, mesmo com certos custos, fortalecerão a posição dos Estados Unidos.
"Se tarifas na faixa de 10-20% forem impostas a produtos da Europa, eles sofrerão muito mais do que nós", observou Mullaney.
Trump aposta na proteção do mercado americano, o que pode se tornar um instrumento adicional para fortalecer a economia.
A consolidação do poder republicano em Washington abre mais oportunidades para Trump implementar sua agenda. Isso já impactou as previsões econômicas. O Deutsche Bank melhorou suas expectativas para o crescimento do PIB dos EUA em 2025, elevando a previsão de 2,2% para 2,5%.
O apoio político à administração Trump, a liderança tecnológica e os planos ambiciosos de reforma econômica tornam os EUA um jogador central no cenário mundial. A única dúvida é quanto tempo esse domínio será mantido.
Embora cortes de impostos e desregulamentações sejam os principais motores do programa econômico de Donald Trump, uma maioria estreita no Congresso pode limitar a implementação de iniciativas mais radicais, como as tarifas, que já geram debates acalorados. Como apontam analistas, a administração levará em conta a reação dos mercados para evitar pressões desnecessárias.
Especialistas da UBS Global Wealth Management preveem que o índice S&P 500 pode atingir 6600 no próximo ano. Esse crescimento se deve a diversos fatores: avanços em inteligência artificial, taxas de juros mais baixas, reformas tributárias e desregulamentações.
No entanto, um cenário de guerra comercial em larga escala com a China e outros parceiros pode trazer consequências negativas. Se países adotarem medidas retaliatórias contra as tarifas americanas, o índice pode cair para 5100 pontos. A UBS enfatiza que, nesse caso, os mercados globais também sofreriam.
Nem todos os setores estão entusiasmados com as reformas de Trump. Preocupações com a redução da burocracia já impactaram as ações de contratados do governo. Fabricantes de medicamentos também enfrentam desafios após a nomeação de Robert F. Kennedy Jr., um conhecido cético em relação a vacinas, como chefe do Departamento de Saúde e Serviços Humanos.
Essas decisões criam incertezas para setores específicos da economia, aumentando a volatilidade do mercado de ações.
Um corte tributário radical traz o risco de aumentar a dívida nacional. Esses temores desencadearam uma recente venda de títulos dos EUA, levando a um aumento no rendimento dos papéis de 10 anos.
Especialistas financeiros alertam que um possível aumento do déficit pode pressionar o mercado, criando problemas para investimentos de longo prazo.
As reformas prometidas pela administração criam tanto oportunidades quanto riscos. As previsões para a economia dos EUA permanecem fortes, mas sua concretização dependerá da capacidade de equilibrar iniciativas ambiciosas com a reação dos mercados.
Os investidores, por sua vez, estão atentos a cada movimento, prontos para ajustar suas estratégias em um ambiente econômico em rápida transformação.
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