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O par EUR/USD está atualmente preso em uma faixa de negociação estreita, praticamente ignorando o discurso de Jerome Powell no Senado. Os investidores não receberam novas informações do presidente do Fed, que destacou a necessidade de mais dados para orientar decisões futuras e evitou entrar em detalhes sobre o timing das mudanças na política monetária. Isso resultou em um aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e uma leve redução nas apostas para um corte nas taxas em setembro, de 78% para 73%.
Por outro lado, críticos do dólar dos EUA destacaram a mudança de foco do Federal Reserve da inflação para o mercado de trabalho dos EUA. A fraqueza neste último é crucial para uma política de afrouxamento monetário, que poderia pressionar o índice do USD para baixo. Contudo, na prática, o cenário pode se desenvolver de maneira diferente. Mesmo com um possível corte de 25 pontos-base para 5,25%, a taxa ainda permanecerá elevada. Isso significa que a diferença de rendimento entre os títulos dos EUA e outros não mudará significativamente, o que pode continuar sustentando o dólar dos EUA. Uma política de afrouxamento mais agressiva seria necessária para uma queda mais pronunciada, algo que o banco central provavelmente não implementará.
A consolidação de curto prazo do EUR/USD também reflete a cautela dos investidores em tomar decisões precipitadas, preferindo aguardar os dados de inflação dos EUA de junho antes de abrir novas posições. Esta abordagem parece sensata dada a dependência do Fed em dados econômicos para sua política monetária. Recentemente, durante a reunião de banqueiros em Sintra, Portugal, Jerome Powell destacou a robustez da economia dos EUA, mas também reconheceu sinais de arrefecimento no mercado de trabalho após o relatório de emprego de junho. O que ocorrerá após a divulgação dos dados do IPC?
A fraqueza temporária do dólar americano na primeira semana de julho pode ser revertida se os preços ao consumidor acelerarem, como ocorreu no primeiro trimestre. Isto poderia reduzir as expectativas de um corte na taxa dos fundos federais em setembro, aumentando os rendimentos do Tesouro e fortalecendo o índice do dólar.
O euro também enfrenta desafios significativos. O Credit Agricole alerta para os riscos políticos persistentes na França, um parlamento suspenso e um governo fraco estão causando um impasse político e uma desaceleração econômica. Esses desenvolvimentos têm impacto negativo nos mercados de ações e títulos, e esses problemas podem se estender a outros países da zona do euro, limitando a possibilidade de recuperação do EUR/USD, com o banco prevendo uma queda para 1,05 nos próximos meses.
O Danske Bank antecipa um verão tranquilo para o principal par de moedas, prevendo que ele se mantenha próximo de 1,08-1,09. Mas, com o início do outono e o aumento dos riscos associados à eleição presidencial dos Estados Unidos, dentro de seis meses a um ano, o EUR/USD deverá cair para 1,03-1,05.
Uma barra interna formada no gráfico diário do EUR/USD sugere a possibilidade de definir ordens de compra pendentes em 1,0835 e ordens de venda em 1,0805.
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