Condições de Negociações
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A falta de estímulos fiscais esperados por parte da China e a revisão para baixo da previsão de crescimento do PIB da Alemanha pressionaram o euro. Nem mesmo o discurso contundente do governador do Banco Central da Eslováquia, Peter Kazimir, conseguiu sustentar os otimistas do par EUR/USD. Kazimir expressou ceticismo em relação à possibilidade de um corte na taxa de juros durante a reunião do BCE em 17 de outubro, apesar de muitos no mercado já considerarem isso como certo. Ele destacou que tomar decisões com base em um único relatório de inflação seria precipitado. Vale ressaltar que, em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou abaixo da meta do Banco Central Europeu.
Dinâmica da inflação europeia
Outros membros mais inclinados ao viés hawkish no Conselho do BCE mostraram-se um pouco mais cautelosos. Isabel Schnabel expressou preocupações com a desaceleração da economia da zona do euro e mencionou o risco de um possível retorno da deflação. Já Joachim Nagel indicou estar aberto à ideia de flexibilizar a política monetária na próxima reunião. Em contraste, os membros mais dovish estão prontos para agir. François Villeroy de Galhau considerou bastante provável um próximo movimento em direção à expansão monetária, enquanto Yannis Stournaras prevê mais dois passos nessa direção até o final de 2024.
Paralelamente, o governo alemão revisou para baixo sua previsão de crescimento do PIB. Em abril, Berlim esperava uma expansão de 0,3% para a economia, mas agora prevê uma contração de 0,2% em 2024. Se confirmada, essa será apenas a segunda queda no PIB desde a reunificação da Alemanha em 1990.
Dinâmica do PIB da Alemanha
A fraqueza da economia alemã, a maior da Zona do Euro, contrasta com os dados mais robustos dos Estados Unidos. O Danske Bank projeta que essa divergência no crescimento do PIB, junto a outros fatores, como o aumento da volatilidade nos mercados financeiros e a escalada do conflito no Oriente Médio, pode pressionar o EUR/USD a cair para 1,07. Eles também destacam a força adicional do dólar americano nesses cenários.
Os investidores aguardam ansiosamente as atas da reunião de setembro do FOMC e os dados de inflação dos EUA, com expectativas de desaceleração dos preços ao consumidor para 2,3%. Isso indicaria uma tendência deflacionária, justificando uma continuidade no ciclo de flexibilização monetária do Fed.
Embora ambos os eventos possam ser vistos como favoráveis ao EUR/USD, já que as atas devem ser dovish e a inflação está em seu menor nível desde março de 2021, esses fatores já estão amplamente precificados. Assim, é provável que qualquer valorização do euro seja rapidamente revertida pelos traders.
A perspectiva de médio prazo para o EUR/USD parece novamente baixista. O dólar americano se beneficia do "excepcionalismo" econômico, uma narrativa que tem sido eficaz em 2023-2024. Enquanto isso, a economia da Zona do Euro permanece frágil, necessitando de uma flexibilização substancial da política monetária do BCE para sustentar qualquer recuperação.
Tecnicamente, no gráfico diário, o EUR/USD formou um padrão Anti-Turtles (Anti-Tartarugas). A incapacidade dos compradores de explorar o inside bar sinaliza fraqueza. Se o par não conseguir se sustentar acima de 1,095, é provável que continue sua queda em direção a 1,09 e 1,083. Nesse cenário, uma estratégia de venda continua sendo recomendada.
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