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Segundo o Wall Street Journal, o Brasil pode ter encontrado uma posição surpreendentemente vantajosa na guerra comercial global — uma façanha para um país que, embora relevante, não figura entre as maiores potências econômicas do mundo. Em meio ao turbilhão tarifário desencadeado pelos Estados Unidos, o Brasil vem se destacando como um dos principais beneficiários. Difícil de acreditar? Pois é exatamente nisso que alguns investidores já estão apostando.
Não é a primeira vez que o Brasil navega com habilidade nesse cenário. Durante o primeiro mandato de Donald Trump, o país já havia se beneficiado das brechas abertas pela disputa comercial. Agora, a história parece se repetir.
Com a imposição de tarifas de 15% pela China sobre produtos agrícolas norte-americanos, Pequim passou a redirecionar investimentos ao Brasil, ampliando significativamente a compra de soja brasileira. E não para por aí: algodão, carne de frango e até calçados brasileiros vêm ganhando espaço tanto no mercado chinês quanto no americano, como substitutos de produtos chineses.
Ainda assim, permanece no ar a possibilidade de o Brasil também ser atingido pelas tarifas de Trump. No entanto, segundo analistas, mesmo que isso ocorra, as restrições tendem a ser mais brandas do que as aplicadas à China — o que tornaria os produtos brasileiros ainda mais competitivos.
"Trump está reestruturando o comércio global, e isso está abrindo novas oportunidades", afirma André Perfecto, economista-chefe da consultoria APCE.
Por outro lado, analistas da Bloomberg alertam: a política econômica agressiva do presidente norte-americano pode provocar danos profundos ao comércio internacional. Segundo estimativas, as perdas podem chegar à impressionante marca de US$ 33 trilhões — com os países em desenvolvimento, especialmente os BRICS, entre os mais prejudicados.
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