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Tudo indica que a maré virou para Elon Musk. Segundo o índice Bloomberg Billionaires Index (BBI), a fortuna do bilionário caiu para menos de US$ 300 bilhões, pressionada pelo forte recuo nas ações da Tesla nos últimos meses. Desde o início de 2025, Musk já perdeu impressionantes US$ 134,7 bilhões — a sexta maior queda patrimonial registrada entre os mais ricos do planeta neste ano.
A derrocada tem várias causas, mas uma se destaca: a mudança brusca na percepção pública sobre Musk. Se antes sua proximidade com o recém-eleito presidente Donald Trump impulsionou seu patrimônio a níveis recordes, agora essa mesma aliança parece estar cobrando um preço alto. A condução política e econômica do novo governo tem enfrentado resistência dentro dos EUA — e Musk, ao alinhar-se abertamente a essa agenda, tornou-se alvo de críticas crescentes.
O impacto direto dessa crise de imagem foi sentido nas vendas de veículos da Tesla, que despencaram. A queda na demanda coincidiu com episódios de vandalismo contra carros da marca e com um balanço trimestral decepcionante, que ficou aquém até das projeções mais pessimistas dos analistas. A capitalização de mercado da empresa automotiva foi reduzida pela metade em relação aos picos de dezembro, e o valor das ações caiu drasticamente: na última semana, os papéis chegaram a US$ 215, contrariando previsões recentes que consideravam improvável uma queda abaixo de US$ 235.
Além disso, Musk enfrenta agora um novo e delicado impasse: um possível atrito com o próprio Donald Trump. E o motivo? A política de tarifas de importação. Enquanto Trump insiste em reforçar as barreiras comerciais, Musk tem adotado uma postura crítica — o que já gerou até um embate público com Peter Navarro, conselheiro do presidente. A tensão entre os dois líderes, segundo analistas, pode evoluir para um confronto mais direto — e o mercado já observa com apreensão os próximos capítulos.
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